A natureza está aí desde que o mundo é mundo, mas você sabe como usufruir deste meio para deixar os projetos mais agradáveis? Estamos aqui com algumas dicas preciosas que vão te ajudar a aproveitar ao máximo todo esse potencial. São estratégias bastante efetivas para tornar o projeto mais confortável usando a própria natureza e isso traz um ganho enorme para o trabalho como um todo!
Infraestrutura verde é o termo técnico para a utilização da natureza no meio urbano. Esta terminologia foi definida a partir de um projeto urbano conhecido como Parque Colar de Esmeraldas, localizado em Boston, nos Estados Unidos.
Anos de estudo sobre a conciliação do ser humano com a natureza, trouxe resultados incríveis de como podemos nos valer deste termo até mesmo em pequenos ambientes. E diferente da infraestrutura cinza, ela tem como objetivo deixar os ambientes mais confortáveis, tanto fisicamente como visualmente, ajudando no controle das temperaturas, custo de obra e favorecendo o design.
Confira a seguir as cinco dicas que reunimos sobre como aplicar a natureza de um jeito bem simples e que vai fazer toda a diferença para quem vai morar no empreendimento.
1 – Jardim de Chuva
O jardim de chuva é uma área que serve para o escoamento da água, composta por terra e pedriscos infiltrando a água no solo. Podemos plantar vários tipos de vegetações, até mesmo hortaliças.
Esse tipo de infraestrutura pode ser implementado nas áreas de lazer de condomínios, por exemplo, e além de decorar o ambiente, ajuda a deixar o ar mais úmido (colaborando para diminuir a poluição) e os moradores ainda podem consumir a produção das plantações.
Imagine só, poder colher alecrim e hortelã, por exemplo, direto da horta e utilizar tudo fresquinho na própria alimentação?
FOTO: fluxus.eco.br
2 – Jardim Vertical
Os jardins verticais podem ser instalados de diversas formas e ambientes, principalmente em locais que possuem grandes paredões e que não tenham um uso específico.
Um item muito importante para a composição do jardim vertical é a manta bidim (conhecida também como geotêxtil). Ela serve para evitar o escoamento da terra e da água para o fundo do vaso, ajudando a manter as raízes da vegetação mais saudável.
Você também precisará da terra, vegetação de sua escolha e um vasinho ou outro local para a montagem. Para este recipiente que vai abrigar a vegetação escolhida, você pode soltar a criatividade e ainda aplicar a sustentabilidade, utilizando materiais recicláveis, como pneus, garrafas pets e canos PVC.
E o legal é que, assim como no jardim de chuva, podem ser feitas plantações de hortaliças.
3 – Brise Vegetal
O Brise, que pode ser feito de vários tipos de materiais, é um elemento arquitetônico que também pode ser utilizado para aproximar os seus projetos da natureza e deixá-los confortáveis.
Dentro do Design Biofílico, isto é, aquele que conecta o ser humano à natureza, o brise vegetal tem como objetivo diminuir a incidência solar direta nos edifícios, e neste caso utiliza-se plantas naturais decorativas para este fim.
A brise vegetal é de grande ajuda no controle das temperatura dos ambientes, chegando a absorver cerca de 80% da irradiação solar. Também é possível afirmar que há uma melhoria da qualidade do ar, a diminuição de ruídos dentro dos ambientes e este recurso não necessita de grande manutenção. É ou não é uma maravilha?
Esse sistema de sombreamento é aplicado em casas térreas e até edifícios mais altos e a sua montagem é de baixa complexidade.
Para a aplicação, o mais importante é que a escolha das vegetações esteja de acordo com a orientação solar e o consumo de água da fachada escolhida, pois cada vegetação possui um nível adequado de exposição à radiação e de ingestão líquida. Portanto, se realizamos escolhas incompatíveis, a vegetação pode não sobreviver por muito tempo, comprometendo todo o investimento feito e a aparência do empreendimento. Existem no mercado empresas que fazem esse tipo serviço e já realizam a escolha das espécies junto ao cliente.
FOTO: hometeka.com
4 – Piso Intertravado Permeável
Quando olhamos para esse tipo de piso, nem imaginamos que ele faz parte de uma infraestrutura verde, não é mesmo? Mas ao contrário do que pensamos, ele faz muita diferença quando aplicado em áreas públicas ou em áreas comuns de residências e condomínios.
É possível conseguir uma boa ajuda na drenagem da água pluvial através deste piso, impedindo poças d’agua e ajudando o sistema de drenagem pública. O piso intertravado evita, por exemplo, as enxurradas que se criam em valetas.
Para colocar o piso é necessário o encaixe certo das peças e a forração das juntas com areia. Nesse piso não é necessário “colar” nada no chão.
O custo-benefício do material e da mão de obra é mais baixo do que o convencional e você ajuda a natureza ao adotá-lo em seus projetos. 😊
FOTO: hometeka.com
5 – Árvores e áreas de desenvolvimento de raízes
Sabe aqueles problemas de piso rachado ou quebrado em volta de árvores em calçadas que nos atrapalham a passar (e que são um problema ainda maior para PCD’s, pessoas com deficiência)? Pois então, com certeza você já se deparou com isso no meio urbano e reflete a falta de uma área apropriada para o desenvolvimento das raízes.
Pensar e trabalhar de acordo com esse método ajuda as árvores a se desenvolverem da maneira correta, onde as raízes possam se alimentar dos nutrientes da terra com o espaço adequado e consequentemente, evitarmos as rachaduras em pisos.
Para isso, deve-se observar quais tipos de árvores vamos plantar, bem como a área mínima desejada. Neste ponto seria importante contar com a ajuda de um profissional Paisagista. Com esses cuidados teremos árvores felizes e nós também, com certeza!
Nossas dicas tornaram mais fácil pensar em como implementar a natureza nos projetos e torná-los mais confortáveis, certo? Além de deixar o local mais agradável e bonito, estamos ajudando o mundo a ser mais sustentável. E já que você está empenhado em se informar mais a respeito e chegou até aqui, vou deixar duas dicas extras:
A primeira é a indicação do canal Ecotelhado, no YouTube. Lá eles ensinam e orientam qual design biofílico e infraestrutura verde o seu projeto pode se adequar.
A segunda é: fiquem atentos ao blog da Ignea, logo traremos mais novidades sobre o tema para vocês! E estamos abertos ao seu contato para conversar sobre outras estratégias para desempenho de conforto térmico e lumínico.
Até breve! Ah, e você gostou dessas dicas, já conhecia essas estratégias? Quais outras você indica? Conte pra gente nos comentários!