Desde julho de 2013 está em vigor a Norma Brasileira Regulamentadora 15.575-2013, que passa a nivelar o desempenho mínimo das unidades habitacionais multifamiliares. A norma visa melhorar a qualidade e promover a garantia no atendimento às principais normas vigentes, em território nacional, diferentemente das normas tradicionais, que descrevem propriedades fundamentais para o desempenho/qualidade do serviço/produto.
Durante seu período de testes, trouxe a debate tópicos que desagradaram os setores da construção civil e também não estavam de acordo com as exigências dos clientes finais. A capacidade econômica do país não possuía condições suficientes para atendimento de exigências requeridas, tornando-as praticamente impossível de serem atendidas.
Os impactos não estão associados apenas na execução prática na cadeia de produção da construção civil. No âmbito da elaboração e desenvolvimento de projetos, os impactos também foram significativos. Onde a tradição nos projetos seguia com vento em popa, soluções que fugiam do padrão de mercado, tornaram-se default. Tal interferência modificou a forma de execução dos projetos arquitetônicos, de sistemas prediais, segurança, acessibilidade, entre outros.
Dois capítulos da norma chamam a atenção por conta da complexidade e de seu impacto direto no usuário final e na etapa de desenvolvimento e orçamento da obra, são eles: Desempenho Térmico e Desempenho Lumínico. Para ambos, uma prática não muito usual do mercado, é sugerida ou requerida para atendimento da Norma. A simulação computacional para verificação do atendimento dos níveis mínimos de desempenho térmico e lumínico, aproxima o projeto arquitetônico e do entorno, mais próximo da realidade em que o edifício se encontrará quando finalizado.
Esta interface permite a verificação de diferentes possibilidades de materiais e elementos construtivos, para chegar a solução mais adequada técnica e economicamente, em relação ao projeto em questão.
A simulação leva em conta a geometria real do edifício, bem como os materiais construtivos utilizados no mesmo. Além destes dados de entrada, são considerados também os elementos sombreantes (se houver), o entorno do edifício e os dados climáticos e de incidência de luz natural.
Poder analisar o projeto na etapa de estudo de viabilidade do projeto, é imprescindível para garantir a redução com custos de reengenharia de valor, revisões de projetos e desperdício financeiro na etapa de compras. Além das questões financeiras, é possível verificar o atendimento aos níveis mínimos exigidos em norma e tomar ações necessárias em caso da verificação de não atendimento, sem grandes impactos no financeiro do projeto.